PROGRAMA CULTURAL/SOCIAL

Intolerância, fanatismo e realidade psíquica

Eis que o Congresso desponta no horizonte. A vista do mar, sempre mutante e que apresenta cenários diversos a cada momento do dia, nos acompanhará durante todo tempo, no local escolhido para o nosso tão esperado encontro. Como costumamos dizer: Desejamos que vocês pisem firmes e fortes por aqui!

Que a troca psicanalítica oferecida nesses dias possa ser refletida, compartilhada e ampliada entre nós. Os congressos são oportunidades de refletir, compartilhar e revigorar a nossa prática e pensamento psicanalíticos, entrelaçados com outras disciplinas, a Arte e a Cultura.

Listamos aqui as principais atividades culturais que acontecerão ao longo da semana. Vocês encontrarão todos eles organizados e detalhados junto à grade científica:

Terça-feira, 15 de outubro, das 16h30 - 16h45:

Teremos uma intervenção artística no intervalo das atividades do Simpósio de Crianças e Adolescentes do grupo de dança do Bonsai Vidigal (Cidades Invisíveis).

Quarta-feira, 16 de outubro:

Às 11h, nos reuniremos na Praça Mauá para uma visita guiada à Pequena África, um percurso histórico onde poderemos conhecer como escreveu nossa colega Hellen Mary Costa da Silva, colaboradora do comitê local na coluna O Meu Rio: ...um importante espaço histórico e representativo do país. Trata-se de um dos sítios arqueológicos mais preservados da atualidade e representa a memória material dos africanos escravizados que chegaram ao Brasil. Sua coleção arqueológica, fruto das escavações no local, já apresenta 466.035 peças e destaca-se pela excepcional concentração de materiais associados à diáspora africana. Atualmente, o Centro de Referência da Celebração da Herança Africana representa, junto ao sítio arqueológico, um centro de acolhimento turístico e espaço de reflexão sobre a importância do legado dos afrodescendentes na cultura das Américas.

À tarde, acontecerá uma visita ao Bonsai Vidigal (Cidades Invisíveis) para participar do Papo Literário com adolescentes. Horário: encontro na frente do Sheraton às 16h00.

À noite, a partir das 18h30, teremos a cerimônia de abertura e a entrega de prêmios nos salões Gávea A e B. Na sequência seguiremos para o salão Carioca onde acontecerá a apresentação cultural e um coquetel de confraternização. Será um momento de encontro e celebração, onde nossas trocas e conversas iniciarão um diálogo que promete se estender pelos dias seguintes.

Sexta-feira, 18 de outubro:

Das 18h30 às 20h, o Salão Carioca será palco da atividade: CONTEXTO HISTÓRICO DO SAMBA – Uma homenagem à Nise da Silveira com a Escola de Samba Arranco do Engenho de Dentro. Com o samba-enredo de 2024, "Nise – Reimaginação da Loucura", homenagearemos a ilustre Nise da Silveira, uma figura que revolucionou a psicanálise no Brasil e nos inspirou a reimaginar a loucura como uma expressão profunda da humanidade.

A escolha da apresentação de uma Escola de Samba foi pensada pelo comitê local não como um momento de descontração, e sim como possibilidade de propiciar o contato dos colegas com um dispositivo forte da cultura no Rio de Janeiro, cidade partida que tem no samba e na história que este carrega, elementos fundamentais para se pensar o tema do Congresso, honrando o legado freudiano do sujeito do inconsciente como inseparável da cultura.

O impacto do samba na cultura brasileira vai além da música e da dança. Ele desempenha um papel crucial na construção da coesão social e no fortalecimento das comunidades. Por meio do samba, as pessoas se reúnem em rodas de samba, festas e desfiles, criando espaços de convivência, troca cultural e solidariedade.

Sábado, 19 de outubro

às 20h30, no Clube Paissandu, teremos a Festa de Encerramento que promete ser memorável. Um momento para celebrar as conexões feitas, os saberes compartilhados e os caminhos abertos para o futuro da psicanálise. O local, já consagrado por festas psicanalíticas terá uma roda de samba de raiz com o grupo Último Gole, que tem em seus integrantes alguns psicanalistas, seguida de músicas com um DJ para dançarmos, junto de comidas, bebidas e muito afeto carioca.

Esperamos contar com a sua presença para fazer deste congresso uma experiência memorável e transformadora.
Com carinho e expectativa,
O Comitê Local

Ninguém nasce borboleta... A borboleta é um presente do tempo...

O Sol na cabeça, Contos de Geovani Martins,2018, Cia das Letras

Esse é o começo de um dos contos do primeiro romance de Geovani Martins, escritor negro carioca, com o título O sol na cabeça, publicado em 2018, último ano em que tivemos um congresso presencial da FEPAL, antes da pandemia (Lima – Desconstruções e Transformações).

De 2018 para cá, passamos por dois congressos virtuais (Fronteiras 2020 e Transitoriedades/Incertezas 2022), e finalmente nos reencontraremos no Rio, cidade que condensa no adjetivo “caloroso”, diversos e profundos significados.

Parafraseando Martins, ao pensarmos em como construir e contribuir para que o tema Intolerância, Fanatismo e Realidade Psíquica possa ser pensado, trabalhado e vivido em todos os matizes de nossa receptividade, podemos dizer que “ninguém nasce carioca na alma, a carioquice é um presente dos tempos e contratempos dos diversos Rios que nos habitam”.

É com alegria, seriedade e vontade de congregar uma experiência proveitosa para aqueles que se interessam pela psicanálise latino-americana que esperamos a todas, todos e todes em terras cariocas!

Conforme a construção de nosso trabalho, apresentaremos notícias e informações relevantes ao evento.

Até outubro de 2024,

Carlos, Eloá, Gisela e Samantha